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Em busca de sentimentos e explicações

Já estou em casa, em São Paulo e ainda não sei me desligar daquele lugar, digerir cada acontecimento daqueles 15 dias agora me parece uma difícil e demorada missão. Não sei se a ficha de que eu estive realmente lá vivendo tudo isso ainda não caiu ou se a ficha de que eu já voltei para minha casa que não caiu, não sei qual saudade era/é maior. Cada ser humano que vive naquela terra de Canudos é único, e conhecê-los não poderia ter sido mais bonito. Dar "bom dia, mainha", "bom dia, painho" agora são frases que eu sinto saudade de dizer e que está a cada dia maior no peito. Lidar com esse turbilhão de pensamentos e sentimentos que foram criados lá é novo e complicado. A experiência é inexplicável, cada pessoa que me pergunta "como foi a viagem, o que aconteceu lá?" não recebe resposta nenhuma, além de uma cara de "não sei"; parece besteira, mas digerir tudo que eu vivi, vi e participei em Canudos é imensamente difícil, e essa dificuldade de explicar tudo, me faz ver o quão lindo, pessoal e único foram os acontecimentos naquele lugar. Queria voltar pra dar mais mil "bom dia" pros meus painhos, mais mil abraços naquelas crianças e mais mil risadas com o grupo que viajou comigo, mas enquanto isso não acontece, eu continuo pensando e repensando em cada momento que eu tive a honra de viver naquela cidade e, pode até soar meio clichê, mas, uma parte de mim ainda ta lá; espero que eu ainda volte pra buscar essa parte, ou quem sabe, deixar mais uma. Obrigada à Metodista pela oportunidade, aos coordenadores pelas broncas e conselhos e a cada morador de Canudos que me fez ter uma visão da vida um pouquinho diferente.

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