O sentimento da despedida
No último dia no vilarejo de Canudos Velho, sentimento de perda, mas também de dever cumprido. Confesso que mesmo depois de muito tempo trabalhando na extensão ainda não me acostumei com despedidas e espero não me acostumar. O adeus é temporário, sabemos da nossa missão e dos compromissos firmados com a comunidade, logo estaremos de volta com toda disposição. Já perdi as contas de quantas vezes que visitei Canudos Velho, tenho a comunidade e seus moradores como uma extensão da minha família, amo esse lugar e seu povo. E compartilhar meus ideais com os alunos traz a certeza que podemos mudar o rumo e a vida destas pessoas. A cada atividade realizada pelos nossos alunos meus olhos enchem d’água e o coração fica antenado. Realmente emocionado com tudo, com a dedicação do aluno e com a possibilidade de confortar as pessoas. Precisamos ouvir o que a comunidade tem a dizer, são eles que, com a força e garra herdadas de seus antepassados da guerra, podem mudar a realidade. Ao lado da estátua de Antônio Conselheiro agradeço a todos os alunos, comunidade e envolvidos no Projeto Canudos. Que Deus nos guie neste retorno para nossos lares. Amo esse lugar, Amo esse povo, Amo meus alunos.