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Diversão canudense

Em Canudos, a semana do dia 25 de junho é de festa. A quadra, em torno da escola, igreja e biblioteca, se torna palco principal de bandas que vêm de Bendegó e de Canudos Novo para a Festa de São Pedro. O vilarejo, que é conhecido pelo silêncio absoluto após às 22 horas, sai para festejar e bailar ao som do forró e sertanejo. Este é mais um momento de integração entre a comunidade e os participantes do projeto, já que, além do próprio povoado de Canudos Velho, a população de Canudos Novo também entra na folia. Para a ocasião especial, a prefeitura oferece um ônibus escolar que desloca os moradores de Canudos Novo até o povoado Velho. O tom da festança é eclético e infinitamente animado. No baile, o missionário da novena integra o vocal da banda que alegra os moradores ao som do forró. O vocalista e missionário Alberto, assim como na música, consegue transmitir a mensagem por meio de palavras. Estávamos no bar da Tonton quando Alberto chegou para elogiar o trabalho do Projeto Canudos e ressaltar que muitos dos que chegam ali só extraem o que precisam e depois não voltam mais. Com o Projeto Canudos a realidade é outra. O trabalho é feito para ser contínuo, diferentemente da ventania que ronda o povoado, levanta a poeira e some no ar. Outra figura que desfruta da festa de São Pedro é a dona Eugênia. A diferença de Eugênia para os foliões é que a canudense vai à festa em busca do pão de cada dia. No auge dos 60 anos, ela monta a barraca com quitutes regionais por volta das 14 horas e só desmonta no raiar do sol. A senhora é ponta firme e fica em Canudos Velho ininterruptamente até o final da festa. Após os dias de festa, as marcas são nítidas. Basta colocar o pé na rua para dar de cara com uma montanha razoável de lixos produzidos na folia. A coleta só vem alguns dias depois. Enquanto isso, a população anda pelo caminho de pedra coberto por garrafas, embalagens e toda e qualquer sujeira vinda do evento



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