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Projeto Canudos: a extensão com o pé no sertão

Nesta terça-feira, 25/06, chegou à cidade de Canudos, no sertão baiano, para a segunda edição do Projeto Canudos, um grupo de universitários formado pela Universidade Metodista de São Paulo e que também conta com alguns estudantes da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Este projeto de extensão é uma parceria firmada desde 2012 entre a UMESP e o Instituto Brasil Solidário. Em vista da ampliação da atuação na cidade, a UMESP convidou a FMABC para integrar à equipe e colaborar com o trabalho na área de saúde. A proposta é de que sejam realizadas ações de extensão voltadas para o atendimento das necessidades da comunidade canudense. A amplitude do trabalho pode ser vista na quantidade de cursos envolvidos. Contamos com estudantes de Medicina, Farmácia, Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia, Pedagogia, Educação Física, Engenharia Ambiental, Jornalismo e Rádio, TV e Internet. Trazer uma equipe de 42 pessoas para o sertão envolve questões logísticas quanto a transporte, estadia e alimentação. Trouxemos uma quantidade enorme de equipamentos, medicamentos, materiais de papelaria, higiene e alimentação, além das nossas bagagens pessoais. Por esta razão, optamos por fazer o trajeto de 2.100 km de ônibus. Levamos 40 horas na estrada, tempo suficiente para que os universitários pudessem se integrar, independente da área de atuação. Exemplo disso era visto nos assentos do ônibus em que estudantes de cursos diferentes viajaram lado a lado ao longo dos dois dias. A estudante do 3º ano de Biomedicina da FMABC, Fernanda Restiro, 20 anos, dividiu o assento com a mestranda em Psicologia da Saúde, Michelle Guimarães, 35 anos. “Conversamos desde a saída do ônibus, no Planalto. Trocamos experiências tanto profissionalmente quanto culturalmente, já que ela é do Amazonas. Como é nossa primeira vez em Canudos, também dividimos nossas expectativas quanto ao projeto e o local”, conta Fernanda. Outro fato interessante é a estadia. Como a comunidade não dispõe de um local para abrigar todos os participantes juntos, os alunos foram alocados na casa de 12 moradores, passando a fazer parte destas famílias. Adotados por “mainhas”, “painhos”, irmãos, primos e sobrinhos, os estudantes vivem a experiência de um intercâmbio dentro do seu próprio país, onde podem perceber as diferenças sociais e culturais que permeiam as dimensões continentais brasileiras. Pela segunda vez, Camila Otani, 21 anos, estudante do 3º ano de Educação Física, participa do Projeto Canudos. “Desde a primeira vez me senti parte da família, quando voltei, parecia que fiz uma viagem a turismo para São Paulo e que estava retornando para casa. Eles me tratam como uma filha.” A alimentação, no entanto, não é feita nas casas. Este é um momento onde estudantes e coordenadores se reúnem para, além de fazer as refeições, trocar as experiências do dia na casa da moradora Tonton, líder da comunidade que faz da garagem um refeitório e ponto de encontro dos participantes do projeto. Continue acompanhando a rotina dos extensionistas e o andamento do Projeto Canudos, que segue até o dia 07/07, através do nosso blog, que conta com o registro do processo deste projeto de extensão a partir do ponto de vista dos próprios participantes.

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